quinta-feira, 8 de abril de 2010

No limite


São 18:00 em ponto. E já tenho previsto o quão ruim vai ser a volta para casa. O pior horário para se transportar em Fortaleza. Seja de carro ou de ônibus. Uma bicicleta seria uma boa condução, porém não possuo uma. Tenho duas opções: Enfrentar o engarrafamento ou chegar muito tarde em casa. Daria tudo para ter uma terceira opção, o teletransporte.
Dou o primeiro passo, o segundo e em oito minutos chego a parada. Tento construir na minha mente um "plano" para se chegar em casa mais rápido. Não tem jeito. Lembrei que além do engarrafamento, preciso me preocupar também com assaltos.
Espero 15 minutos chega o ônibus. Resolvi esperar o próximo. Após 40 minutos chega o tão esperado ônibus. Consigo uma cadeira. Por um tempo dá um alívio por ter sentado , no outro momento as pessoas se empurram e se esmagam para passar e me atinge. E junto com esse aperreio, vem o calor, a náusea, o sono, a fome. O melhor a se fazer é observar as conversas alheias. Se meus olhos filmassem e meus ouvidos gravassem. Esses arquivos seriam vistos nas horas tristes que me arrancariam gargalhadas.
Cansei de olhar as pessoas. Fico comigo mesmo observando os meus pensamentos e me pego de novo sentindo um mal-estar.
Avisto minha parada. Dou graças a Deus.
Andar de ônibus é um teste de resistência!

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